“Curitibano que nunca marcou encontro no terminal não é curitibano”, afirma especialista

O defensor da polêmica tese é Carlos de Barros ou se preferir, “O Carlão” como é chamado. Carlão é motorista de ônibus na capital paranaense há mais de 25 anos e relata diversas análises; das quais segundo ele, só comprovam que sua teoria é verdadeira.

“Eu tinha 32 anos quando comecei a pilotar ônibus. Mesmo com boa idade, ainda era solteiro e me via completamente sem rumo na vida. Com pouco dinheiro e a correria do trabalho, eu não sabia onde marcar um encontro, sabe? Eu tinha muita vergonha também, sou do norte, sabe como é. Conheci a Rosimeire (Esposa de Carlão há 18 anos) na catraca, faltou alguns centavos e disse que completaria para ela poder seguir seu destino. Nessa época eu ainda era cobrador, tinha certo peso e me chamavam de “seu barriga”. O fato passou batido, a viagem seguia até que recebi um bilhete de outra passageira. Para minha surpresa, estava lá o nome de Rosimeire e seu telefone! E aí que vem o problema: Onde vou marcar de ir com esta mulher adorável? De tanto pensar, me cansei e notei que aquilo podia ser uma grande bobagem, afinal, ela me conheceu já em meu trabalho. Tomei coragem, fui ao orelhão e liguei para Rosimeire que prontamente me atendeu. Conversamos um pouco e marquei de encontrar com ela no Terminal do Fazendinha, um dos mais tradicionais de Curitiba. Ela aceitou e estamos juntos até hoje!”

Carlão revela ainda quantos encontros e casais já viu serem formados nos terminais, em especial no Campina do Siqueira e Campo Comprido. “Mais do que motorista, as vezes sou cupido e conselheiro. Brincadeiras a parte, não há como negar que há uma  atmosfera diferente nos terminais” – Relata Carlão com lágrimas nos olhos.

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